Após negar novo corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o ministro da Economia, Paulo Guedes, recuou e afirmou a manutenção da intenção de reduzir o imposto nos próximos meses. Segundo o ministro, a redução deverá atingir os 35%, ante os 33% previstos anteriormente pelo governo federal.
Guedes afirmou que o Planalto deverá usar a arrecadação excedente para reduzir impostos. Anteriormente, o próprio ministério anunciou uma redução de 25% na alíquota do IPI.
"Acabamos de reduzir em 25% e vamos para mais uma rodada, baixando para 35% a queda do IPI", afirmou, em seminário realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Receita Federal.
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"Estamos transformando o aumento de arrecadação, inesperado, o excesso de arrecadação, estava bem acima das nossas previsões, de acordo com as promessas do governo Bolsonaro durante a campanha, reduzindo as alíquotas", concluiu.
O governo Bolsonaro tem usado esse argumento para reduzir impostos às vésperas das eleições. É uma tentativa do governo de convencer setores econômicos sobre o desenvolvimento do país e de quebra conseguir aumentar o eleitorado.
Em março, Guedes anunciou mais um corte no IPI para 33%, mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) recuou após uma ação movida pelo PROS junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão do governo também sofre resistência de parlamentares do Amazonas, em meio a possibilidade de aumento na competitividade em produtos na Zona Franca de Manaus.