Indicado para presidência da Petrobras já defendeu biocombustíveis
Agência Brasil
Indicado para presidência da Petrobras já defendeu biocombustíveis

Indicado para assumir o comando da Petrobras pelo presidente Jair Bolsonaro, José Mauro Coelho deverá ter entre suas prioridades o fortalecimento da atual política de biocombustíveis. Essa bandeira foi defendida pelo futuro titular da estatal, quando ocupava o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

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Em uma entrevista à agência EPBR, concedida em abril do ano passado, para explicar o programa' Combustível do Futuro', aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), Coelho defendeu o aproveitamento das tecnologias já existentes no Brasil, que poderiam ser usadas juntamente com inovações, como a adoção de veículos elétricos leves, o que ele chamou de bioeletrificação.

"Não podemos ser arrastados por uma tendência global e não aproveitar aquilo que o Brasil tem de grande expertise e grande tecnologia, que são os biocombustíveis e biotecnologia", afirmou. "No caso do Brasil, temos que ter uma eletrificação com biocombustíveis, com bioenergia, uma bioeletrificação".

Ele destacou que o objetivo do programa era sinalizar ao mercado o planejamento energético do governo federal para a descarbonização do setor de transportes. Isso se daria por meio da criação de políticas para o mercado de biocombustíveis e novas soluções para reduzir a queima de combustíveis fósseis na matriz energética.

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Coelho enfatizou que a bioeletrificação, junto com os veículos híbridos (movidos a gasolina e a etanol, por exemplo), pode alavancar também a tecnologia de carros movidos a hidrogênio. Para ele, a ampliação do mercado pode dar sustentabilidade a outros combustíveis renováveis, que ainda não alcançaram competitividade em relação aos fósseis. 

"Muitos países não produzem etanol, porque não têm áreas agricultáveis em tamanho suficiente para produzir cana ou outra cultura. Mas se eu tenho tecnologia para produzir o etanol através de material celulósico, isso muda completamente", disse.

Ele também defendeu que o Brasil se consolide como um grande exportador de novas tecnologias. Com isso, biocombustíveis, como o etanol, poderão se transformar em commodities.  

Citou, ainda, a participação do Brasil em acordos sobre mudanças climáticas. E lembrou que o Brasil tem, hoje, o maior programa de descarbonização da matriz energética do mundo.

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