Os 27 embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta quinta-feira (7) o quinto pacote de sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia, na esteira dos indícios de atrocidades descobertos após a libertação de cidades nos arredores de Kiev.
A medida prevê, entre outras punições, o embargo gradual às importações de carvão russo, uma proibição que pode custar 4 bilhões de euros por ano a Moscou. A homologação formal está prevista para esta sexta (8), às 10h (horário local), quando as sanções entrarão em vigor.
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Segundo fontes europeias, a nova série de sanções afetará também diversas personalidades russas, como Katerina Tikhonovna e Maria Vorontsova, as duas filhas do presidente da Rússia, Vladimir Putin, frutos de seu primeiro casamento.
Além disso, mais quatro bancos serão obrigados a interromper as transações com a União Europeia, os portos europeus serão fechados para navios russos e o acesso às estradas da UE ficará proibido para transportadores de Moscou.
As novas medidas preveem ainda a suspensão da importação de uma série de produtos russos, incluindo cimento, madeira e bebidas, no valor de cerca de 5,5 bilhões de euros e a proibição de exportações da UE de produtos de alta tecnologia, avaliados em aproximadamente 10 bilhões de euros.
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Em publicação no Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que "à medida que a guerra continua, a Rússia enfrenta uma longa queda no isolamento econômico, financeiro e tecnológico".
"Líderes firmemente unidos em apoio à Ucrânia, tomando novas medidas para sancionar a Rússia. As atrocidades de Bucha serão investigadas e os responsáveis levados à justiça", escreveu.
G7
Em comunicado, os líderes do G7 também denunciaram as "terríveis atrocidades das forças armadas russas" contra civis na Ucrânia e concordaram em proibir "novos investimentos em setores-chave da economia russa, incluindo o setor de energia", além de ampliar a proibição de todas as "exportações de certos bens e mais repressão aos bancos russos e empresas estatais".
O grupo também prometeu intensificar as medidas "contra as elites e suas famílias que apoiam o líder russo em seu esforço de guerra". "A guerra de agressão do presidente Putin está causando uma convulsão econômica global e seu impacto no setor de alimentos ucraniano coloca a segurança alimentar global em apuros", acrescenta a nota.