Em semana de assembleias e mobilização, cerca de 700 servidores comissionados do Banco Central (BC) entregaram os cargos até esta quinta-feira (31), segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal). A categoria estima que o número represente cerca de 70% de todos os comissionados.
Desde o começo do ano, os servidores do BC vêm se articulando para, entre outras demandas, pedir o reajuste salarial no mesmo patamar do prometido à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal e aos funcionários do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), prometido em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro.
Representantes vêm se reunindo com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que segundo eles compreendeu e acolheu as demandas da categoria, mas ainda deveria ser encaminhado para apreciação do governo federal e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em paralelo, os servidores organizaram paralisações e atos em Brasília para pressionar o Executivo a deliberar sobre as pautas apresentadas.
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Desde os primeiros anúncios sobre a possibilidade de reajuste salarial em ano eleitoral, Guedes tem se mostrado contrário a qualquer aumento, alegando um possível comprometimento de renda furando o teto de gastos.
Além da pauta salarial, os integrantes do BC também pediram a reestruturação da carreira, entre outras alterações de valoração dos servidores.
Procurado, o Banco Central informou que reconheçe o direitos dos servidores em organizarem manifestações e tem planos de contingência para manter o funcionamento de serviços "dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros".