Em entrevista ao programa Conversa com Bial, exibida nesta quarta-feira (17) pela TV Globo, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, comentou sobre a decisão da Petrobras em elevar os preços dos combustíveis.
Para ele, o reajuste se fez necessário para que não houvesse desabastecimento no país, em meio à disparada do petróleo, provocada pelas incertezas no mercado internacional com a guerra na Ucrânia.
"Por que a Petrobras não segura o preço? Porque não tem como. Porque 30% do óleo diesel no nosso país é importado. Então, os importadores não podem comprar a dez e vender a sete. Se não fosse o aumento do combustível, em abril faltaria diesel no nosso país. Dividimos o custo e o sacríficio com a população", disse.
"Nós estamos agora torcendo, e vai acontecer, para acabar essa guerra. Daqui a 30 dias, eu espero que esse preço recue, e a gente não precise repassar esse custo para a população".
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Durante a entrevista, o ministro defendeu a permanência do general Joaquim Silva e Luna à frente da Petrobras.
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Os ganhos recordes da Petrobras no ano passado, de quase R$ 107 bilhões, estão sendo o principal alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores diante do anúncio de reajuste dos combustíveis. No último dia 11, a gasolina e o diesel subiram nas refinarias, em 18,8% e 24,9%, respectivamente.
"Eu costumo dizer que a culpa não é do gestor. O Brasil, das grandes economias mundiais, é o único que não tem 100% do refino", afirmou Ciro Nogueira enquanto alfinetava governos anteriores, do PT.
"Eu não culpo o Silva e Luna. Seria muito fácil trocar o presidente [da Petrobras] e reduzir o preço. Não é culpa dele. O barril dobrou de preço. Esse é o grande problema do país não ser autossuficiente em refino", completou.
O ministro da Casa Civil também disse "não ter dúvidas" que Bolsonaro ganhará as eleições presidenciais neste ano.