A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) foi ao Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF) para barrar os aumentos nos combustíveis praticados pela Petrobras na última semana. Na ação protocolada nesta segunda-feira (14), a Abrava pediu o fim da Política de Paridade de Preços Internacional, que considera o valor do barril de petróleo no mercado externo para reajustar, ou não, os preços no Brasil.
Segundo o presidente da associação, Wallace Landim, conhecido como Chorão, os aumentos da Petrobras "estrangula os brasileiros". Chorão ainda lembrou dos impactos sobre alimentos, remédios e outros produtos com o reajuste nos combustíveis.
"Não somos contra a Petrobras ter lucro, o que não aceitamos é que tenha um lucro de 1.400% em detrimento do sofrimento do brasileiro, e principalmente saques que trabalham com o transporte", afirma Chorão, em comunicado.
"A associação acredita que essa briga não é só dos caminheiros, ela é também da indústria, dos agro, dos armadores marítimos, dos motoristas de aplicativos, dos taxistas, dos transportes escolares, dos motoboys, dos motoristas em geral, e de cada cidadão que vê diariamente nos preços dos mercados e reflexo desses aumentos", completa.
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Na última quinta-feira (10), a Petrobras anunciou mais um reajuste nos combustíveis após os fortes aumentos no preço do barril de petróleo no mercado internacional em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. A gasolina foi reajustada em 18%, enquanto o diesel apresentou alta de 24,9%.
Em alguns postos, é possível encontrar a gasolina custando até R$ 7,50 e o diesel acima dos R$ 6.
Na última semana, o Senado aprovou um pacote para tentar reduzir os efeitos dos reajustes ao consumidor. Entre as propostas está a criação de fundo de estabilizaçã, além de fixar uma alíquota de ICMS para os combustíveis. A última medida foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na sexta-feira (11).
Em nota, Chorão não informou se há possibilidade da categoria entrar em greve nos próximos dias. O Ministério da Infraestrutura diz monitorar a movimentação, mas não vê possibilidade de nova paralisação.