IPCA acelera 1,01% em fevereiro
Fernanda Capelli
IPCA acelera 1,01% em fevereiro

A inflação acelerou e subiu 1,01% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11). É a maior taxa para o mês desde 2015. Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 10,54% em 12 meses.

O resultado veio acima do esperado. Analistas econômicos ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,95% para a inflação em janeiro e 10,50% para o indicador em 12 meses.

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Desafio para o Banco Central

O indicador oficial de inflação permanece acima de 10% anuais pelo sexto mês seguido, o que aponta, segundo analistas, para um desafio a ser enfrentado pelo Banco Central quanto ao processo de conter a pressão inflacionária, causada sobretudo por choques externos.

O caráter de disseminação e persistência da inflação tem feito bancos e consultorias a elevarem as projeções para a Selic, taxa básica de juros da economia.

O banco francês BNP Paribas elevou sua projeção de 6% para 7% para o IPCA em 2022, e agora prevê uma alta da Selic de até 13,25%, ante estimativa anterior de 12,25%.

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O J.P. Morgan espera que a Selic suba até 12,75% ante expectativa de que o juro básico terminasse o processo de aperto em 12,25%.

Reajuste dos combustíveis aumentará inflação

O reajuste nos preços da gasolina, do diesel e do GLP, que passa a valer nesta sexta-feira nas refinarias, já deve se refletir no IPCA nos meses de março e abril, segundo analistas. Na avaliação de economistas, a inflação deve superar 7% no ano e pode chegar a 8%, caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue.

Isso porque os preços das commodities - desde o petróleo até os grãos, como soja e trigo - dispararam no mercado internacional, o que pode ampliar a defasagem dos combustíveis frente o preço no mercado doméstico e ensejar novos reajustes, bem como afetar as produções agrícolas brasileiras e elevar os preços ao consumidor, em última instância.


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