A União Europeia se prepara financeiramente tanto para enfrentar os impactos da invasão russa à Ucrânia, quanto para ajudar o país do leste europeu, mas descarta qualquer nova emissão de dívida conjunta, como havia sido ventilado anteriormente , informa agência Reuters, que obteve um esboço do projeto.
Líderes dos 27 países da UE estão reunidos em Versalhes, na França, para discutir mais gastos com defesa e energia, para diminuir a dependência russa. Também estão na pauta a filiação da Ucrânia ao bloco e a diminuição da necessidade de importação de microchips e alimentos.
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O gasto extraordinário vem apenas um ano depois dos 1,8 trilhão de euros (US$ 2 trilhões) usados para combate da pandemia.
O plano era retirar gradualmente as ajudas fiscais, mas a invasão da Ucrânia mudou o rumo das finanças do bloco.
"Nossas políticas fiscais nacionais precisarão levar em conta as necessidades gerais de investimento e refletir a nova situação geopolítica", disseram as autoridades, segundo o esboço.
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"Vamos buscar políticas fiscais sólidas, que garantam a sustentabilidade da dívida para cada Estado-membro, inclusive incentivando investimentos que promovam o crescimento e sejam essenciais para nossos objetivos de 2030."
Um novo pacote de dívida conjunta não está completamente descartado, mas precisa de apoio de todos os 27 países.
A França, por exemplo, quer nova dívida da UE emitida em conjunto para ajudar a amortecer o impacto da redução das importações de energia russa. Já Alemanha, Holanda e outros países se opõem fortemente a tal medida, alegando que ainda há dinheiro da pandemia a ser usado.