Servidores do Banco Central realizam paralisação das atividades nesta quinta-feira (10). A ação procura pressionar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a entregar ao governo federal ofício com as pautas pleietadas pelos funcionários do órgão, como o reajuste salarial no mesmo nível oferecido à Polícia Federal e mudanças na estrutura de cargos para auditor.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) estima que a paralisação tenha adesão superior a 60%, e deve aumentar até o final da tarde. Segundo os servidores, se Campos Neto não enviar ofício ao governo se comprometendo com o reajuste aos moldes do oferecido à PF, podem subir o tom em reunião da categoria agendada para a próxima semana.
Na noite desta quarta-feira (9), dezenas de chefes adjuntos e consultores do Banco Central assinaram documento pedindo atuação mais enfática do presidente do órgão referente às demandas da categoria, destinado a Campos Neto e diretores do BC. Os signatários apontam que a aplicação de reajuste a apenas algumas categorias do funcionalismo pode ter impactos profundos a partir de abril.
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"A expectativa geral é de ações contundentes, públicas e urgentes dos dirigentes do BCB no sentido de recompor perdas inflacionárias e devolver a paridade salarial com outras carreiras típicas de estado, com efeito ainda no exercício de 2022", afirmam, em nota.
"A materialização do aumento da assimetria salarial e a não implementação de outros itens da pauta reivindicatória reforçarão a percepção de que não se reconhece o esforço que se exige dos servidores do BCB, o que deverá acelerar a deterioração do clima organizacional".