Presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com apoiadores nesta quinta-feira
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com apoiadores nesta quinta-feira

O presidente Jair Bolsonaro conversou com apoiadores nesta quinta-feira (10) e alertou para um novo aumento no preço dos combustíveis, mas reiterou que não interfere nos preços da Petrobras. 

"Eu não to dizendo se vai ou se não vai. Eu acho que vai, no mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras, não decido nada lá, é só quando tem problema que cai no meu colo", disse antes da empresa soltar o comunicado sobre o reajuste .

"Vai ter problema de combustível no Brasil e não vai demorar", completou.

No ano passado, o presidente foi investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apurar se houve algum tipo de vazamento de informação envolvendo futura divulgação de preços dos combustíveis, o que o presidente negou

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Após 57 dias a Petrobras fará ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras. A alta chega a 24,93% e vale a partir de amanhã. O GLP também vai subir, após 152 dias.

A Petrobras vai reajustar em 18,7% o preço da gasolina e em 24,9% o diesel.
A companhia também vai elevar, em 16%, o preço do GLP.

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A partir de amanhã, o preço médio de venda da Petrobras nas refinarias será:

  • Gasolina: passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,77%.
  • Diesel: passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, avanço de 24,9%.
  • GLP: passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg, alta de 16,06%.

A Petrobras vinha sendo pressionada pelo governo a não elevar os preços, diante da escalada da cotação do petróleo com a guerra na Ucrânia. O governo estudava o congelamento de preços para evitar o impacto da alta dos combustíveis na população.

Em dezembro de 2020, a gasolina era vendida nas refinarias por R$ 1,83 o litro. Com a alta anunciada hoje, o preço mais que dobra em pouco mais de um ano, com impacto na inflação.



** Luís Felipe Granado é repórter do Brasil Econômico, editoria de Economia do Portal iG, e pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

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