O McDonad’s anunciou nesta terça-feira (8) que está suspendendo suas operações na Rússia. Com isso, todas as lojas no país serão fechadas como resposta a invasão do regime de Vladmir Putin à Ucrânia. A empresa afirma que continuará pagando o salário dos 62 mil funcionários enquanto as lojas estão fechadas.
A suspensão das atividades afetará os 850 restaurantes espalhados pelo território russo. "Os nossos valores não nos permitem ignorar o sofrimento humano que se vive na Ucrânia”, justificou Chris Kempckinski, CEO do McDonald’s.
Após mais de 30 anos operando, a rede de restaurantes vinha enfrentando muitas pressões de consumidores sobre um posicionamento do conflito na Rússia. "O McDonald's decidiu fechar temporariamente todos os nossos restaurantes na Rússia e pausar todas as operações no mercado. Entendemos o impacto que isso terá em nossos colegas e parceiros russos", diz um trecho do comunicado.
Sem previsão para reabrir por conta da invasão de tropas russas na Ucrânia, a empresa relata a quebra na cadeia de suprimentos juntamente com outros impactos operacionais.
"À medida que avançamos, o McDonald's continuará a avaliar a situação e determinar se são necessárias medidas adicionais. Neste momento, é impossível prever quando poderemos reabrir nossos restaurantes na Rússia. Estamos passando por interrupções em nossa cadeia de suprimentos, juntamente com outros impactos operacionais. Também acompanharemos de perto a situação humanitária".
Em comunicado, a Coca-Cola Co. disse que está suspendendo os negócios na Rússia após a invasão da Ucrânia pela nação. "Nossos corações estão com as pessoas que estão resistindo a efeitos inconcebíveis desses trágicos eventos na Ucrânia", declarou a empresa no texto, que acrescentou que continuará a monitorar e avaliar a situação à medida que as circunstâncias evoluam.
Já a Starbucks, além de fechar suas lojas no país, também não enviará mais produtos administrados por licenciados. De acordo com a companhia de cafés, o Alshaya Group, com sede no Kuwait, que opera pelo menos 100 Starbucks na Rússia, "fornecerá apoio aos quase 2.000 parceiros na Rússia que dependem da Starbucks para sua subsistência".
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Outras grandes empresas de consumo britânicas, incluindo as varejistas de moda on-line ASOS e Boohoo, e a varejista de alimentos e roupas Marks & Spencer também evitaram a Rússia ou reduziram a exposição ao país.
A PepsiCo, um dos poucos produtos ocidentais permitidos na União Soviética antes de seu colapso, está avaliando opções para seus negócios na Rússia, conforme informou o Wall Street Journal nesta terça-feira.
No entanto, a empresa está relutante em fechar sua unidade russa devido à produção de produtos essenciais diários, como leite e fórmula infantil, de acordo com o relatório do WSJ.
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L'Oreal e Uniliver também deixam Rússia
Também nesta terça-feira, a gigante de cosméticos L'Oreal anunciou que fechará temporariamente suas unidades, próprias ou dentro de lojas de departamentos, assim como seus sites para comércio na Rússia.
"Condenamos veementemente a invasão russa e a guerra na Ucrânia, que está causando tanto sofrimento ao povo ucraniano", disse a empresa francesa em comunicado.
A maior empresa de cosméticos do mundo também disse que suspenderia todos os investimentos de mídia industrial e nacional na Rússia e considera tomar medidas adicionais referente aos seus 2.200 funcionários no país.
Na Ucrânia, a L'Oreal tem 326 funcionários. A maioria permanece no país em "condições cada vez mais insuportáveis", segundo relataram.