O governo brasileiro disse acompanhar "com atenção" a volatilidade dos preços internacionais de petróleo e de gás natural e afirmou trabalhar em conjunto com agências internacionais para promover a "estabilidade e a sustentabilidade dos mercados globais de energia".
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Os preços das commodities dispararam após a invasão russa à Ucrânia. O preço do barril de petróleo tipo Brent ultrapassou a marca de US$ 110 pela primeira vez desde 2014, chegando a bater US$ 119 na última quarta-feira (3).
Os Ministérios de Minas e Energia e das Relações Exteriores emitiram uma nota conjunta nesta quinta. No documento, declararam estarem atentos aos possíveis reflexos do conflito nas cadeias de produção e fornecimento de petróleo, gás natural e seus derivados no mercado internacional.
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Nos últimos três anos, a produção nacional de petróleo e gás natural aumentou 16% e 22%, respectivamente. Segundo o governo, o país produz cerca de 3 milhões de barris por dia.
Ainda que o Brasil seja autossuficiente em petróleo, a nossa capacidade de refino ainda é muito reduzida e acaba dependendo de importação. Por isso, a escalada no óleo deve elevar os preços dos combustíveis por aqui.
Na nota, as pastas também saudaram a iniciativa adotada pelos países membros da Agência Internacional de Energia (AIE), vinculada à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de liberar 60 milhões de barris de petróleo adicionais pelos próximos 30 dias.
Por fim, o governo disse que continuará acompanhando a evolução dos mercados de energia, "em permanente diálogo e coordenação com seus parceiros", em especial o G20 e a AIE.