Apesar da pressão do Ocidente, a China não deve aderir às sanções contra a Rússia, após o ataque à Ucrânia, afirmou o presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China, Guo Shuqing, nesta quarta-feira (2). O país asiático continua se recusando a reconhecer a invasão russa e tem feito duras críticas às sanções europeias nos últimos dias.
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"No que diz respeito às sanções financeiras, nós não as aprovamos, especialmente as sanções lançadas unilateralmente, porque elas não funcionam bem e não têm fundamento legal", disse Guo Shuqing em entrevista coletiva.
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"Não participaremos de tais sanções. Continuaremos a manter as trocas econômicas e comerciais normais com as partes relevantes".
A China é o maior parceiro comercial da Ucrânia. Enquanto isso, o país asiático também tem se aproximado cada vez mais da Rússia nos últimos anos. No ano passado, o comércio entre os dois países saltou 35,9%, com um faturamento recorde de US$ 146,9 bilhões.
No início de fevereiro, autoridades chinesas e russas firmaram um acordo de "parceria ilimitada". Em declaração conjunta, em referência ao Ocidente, acusam "certos Estados e certas alianças e coalizões políticas e militares" de se comportarem com uma "ideologia da Guerra Fria" e tentarem impor "seus próprios padrões democráticos" a outros países.