A proporção de consumidores que esperam alta nominal no valors dos imóveis para os próximos 12 meses passou de de 29%, no 4º trimestre de 2020, para 38% da amostra, no 4º trimestre de 2021.
Os dados são de uma pesquisa Fipe/Zap divulgada nesta terça-feira sobre o perfil da demanda dos imóveis. Em relação à percepção em sobre os preços atuais, o levantamento mostra que a parcela de respondentes que classificavam os valores como “altos ou muito altos” avançou para 72%, no 4º trimestre de 2021 – o maior patamar apurado no último trimestre desde 2018.
Em paralelo, o percentual de respondentes que creditam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” recuou de 25% para 19% no mesmo intervalo. Como resultado desse novo quadro, a percepção de que os preços estavam em “em um nível razoável” e níveis “baixos ou muito baixos” declinou no mesmo período, respondendo por 19% e 4% dos respondentes no último trimestre de 2021, respectivamente.
Desconto nas transações
Por outro lado, o percentual de transações com desconto sobre o valor anunciado voltou a crescer no decorrer do segundo semestre de 2021, encerrando dezembro com uma média de 66% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses. Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor anunciado, o percentual médio de desconto negociado entre compradores e vendedores se manteve estável em 9%.
Intenção de compra
A proporção de respondentes que declarou intenção de adquirir imóveis nos próximos três meses permaneceu estável em 43%, entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2021.
Entre aqueles que declararam intenção de adquirir imóveis no futuro próximo, a maior parte dos respondentes declarou indiferença entre novos ou usados (49%) ou preferência estrita por imóveis usados (42%). Já em termos de objetivo, a maior parte dos compradores potenciais destacou a intenção de utilizar o imóvel pretendido para “moradia” (89%), superando o objetivo “investimento” (11%).