A Associação Brasileira de Navios e Cruzeiros (Clia Brasil) decidiu, nesta terça-feira (15), manter a suspensão voluntária das operações nos portos brasileiros até 4 de março.
A decisão do novo adiamento foi baseada no cenário epidemiológico nacional, que registrou piora neste início de ano, devido ao alto potencial de contágio da variante Ômicron.
Anteriormente, a data estipulada para o retorno das atividades dos cruzeiros era 18 de fevereiro. Em nota, a associação pontuou que a ”decisão visa dar continuidade ao criterioso trabalho e discussões com as autoridades nacionais, estaduais e municipais para a retomada dos cruzeiros”.
No dia 12 de janeiro, como medida de segurança à população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia recomendado ao Ministério da Saúde e à Casa Civil que a temporada de cruzeiros no Brasil fosse definitivamente suspensa.
Segundo a Portaria Interministerial nº 666, publicada em 20 de janeiro de 2022, todos os municípios e estados que irão receber os cruzeiros precisam estar de acordo com os requisitos que apoiam o retorno das operações e os protocolos de segurança estabelecidos pela Anvisa.
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A temporada atual, que teve início em novembro do ano passado, previa movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão na economia e gerar 24 mil empregos em diversos setores.
Um estudo feito pela Clia Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostra que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia nacional.
Segundo a associação, a Covid-19 foi diagnosticada em 1,1 mil pessoas que estavam a bordo de navios, incluindo hóspedes e tripulantes. Entre 5 de novembro do ano passado e 3 de janeiro de 2021, cruzeiros que realizaram viagens na costa brasileira transportaram aproximadamente 130 mil passageiros.
No Brasil, os protocolos atuais exigem que todos os hóspedes estejam com o ciclo vacinal completo, apresentem testes negativos antes do embarque e tenham testagem contínua a bordo.