A decisão da empresa que administra o Aeroporto Internacional do Galeão de devolver a concessão foi comentada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e pelo governador fluminense, Cláudio Castro (PL), de formas diferentes.
Castro, que é correligionário do presidente Jair Bolsonaro, mencionou a decisão do governo de adiar a concessão do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, para licitá-lo juntamente com o Galeão, na Zona Norte da cidade, em 2023.
Ele afirmou em uma rede social que a decisão da concessionária do Galeão de entregar o aeroporto é para Rio e para o país “uma enorme oportunidade para fazer a relicitação alinhada com a concessão do Santos Dumont”.
Paes pede 'limonada'
Já o prefeito da capital fluminense, crítico do governo, ironizou a decisão da concessionária, ressaltando a fuga de investimentos da cidade enquanto o Ministério da Infraestrutura planeja conceder o Santos Dumont à iniciativa privada com a previsão de ampliação do terminal, que concorre com o Galeão.
Em sua rede social, Paes criticou a saída da Changi alegando que isso enfraquece o ambiente de negócios.
Leia Também
“Parabéns às mentes brilhantes envolvidas! Isso mostra muita credibilidade do nosso país junto a investidores internacionais (nesse caso se inclui o governo de Cingapura) SQN!” — em referência à expressão “só que não”.
Num recado ao governo, Paes continuou: “Espero que ao menos façam do limão a limonada e sejam rápidos na solução a ser dada”.
Prefeito e governador combateram edital do Santos Dumont
Castro e Paes sempre foram críticos do edital de concessão do Santos Dumont, alegando risco para a economia da capital e do estado com o provável esvaziamento do Galeão.
A pedido deles, um grupo de trabalho havia sido criado pelo governo para revisá-lo.
Segundo Castro, o grupo de trabalho, no qual o Estado tem cinco integrantes, já foi orientado a construir “a melhor modelagem para garantir que a decisão da Changi seja um instrumento de recuperação do sistema aeroportuário do Rio de Janeiro”.