A Justiça inglesa condenou o banco BNP Paribas a pagar 2 milhões de libras (R$ 14 milhões) a uma funcionária que acusa a instituição de desigualdade salarial por ser mulher. Segundo a vítima, o seu salário era 25% menor que um colega com o mesmo cargo, mas do sexo masculino.
Em depoimento, a funcionária ainda lembrou que o ambiente de trabalho é tóxico e humilhante. Ela ressaltou ter ouvido comentários machistas, além de ter ganho um chapéu de bruxa.
À AFP, a BNP Paribas assumiu ter oferecido um salário menor à vítima e reafirmou que irá implantar um programa de igualdade salarial para os funcionários. O banco ressaltou que a funcionária continua em seus quadros.
A decisão da Justiça inglesa é considerada histórica por advogados e entidades em defesa da mulher. Segundo dados Fawcett Society, o Reino Unido está "gerações" atrasado em relação à igualdade entre homens e mulheres.
No último ano, ganhou força entre as principais empresas do país a campanha #MeTooPay, em conscientização a igualdade salarial.