Frentista abastecendo automóvel
Reprodução/ Proteste.org
Frentista abastecendo automóvel

Governadores de 19 estados e do Distrito Federal decidiram congelar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis por mais 60 dias. A decisão foi anunciada no começo da tarde desta quarta-feira (26).

Em comunicado, os governadores afirmaram que a medida valerá até "decisões para a estabilização dos combustíveis sejam tomadas". A decisão ocorre duas semanas após o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) descongelar o imposto a partir do dia 1° de fevereiro.

Assinam o documento os governadores João Doria (PSDB-SP), Cláudio Castro (PSC-RJ), Romeu Zema (Novo-MG), além de signatários do Nordeste e Centro-Oeste do país.

Os governantes estaduais ainda cobram um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) para reduzir os preços dos combustíveis. Eles querem que o Palácio do Planalto interfira na Política de Preços da Petrobras e deixe de contabilizar os reajustes no mercado internacional.

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Bolsonaro diminuiu os aumentos praticados pela Petrobras e culpa governadores pelo aumento no preço dos combustíveis. Segundo o presidente, o valor praticado pelo ICMS estaduais são abusivos e considera como o maior motivo da volatilidade no valor das bombas.

Confira a íntegra da nota 

"Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público defender a manutenção do entendimento provisório quanto à tributação do ICMS sobre os combustíveis, que estabeleceu o congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final – PMPF pelo período de 90 dias, entre 1º de novembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022.

Nesse sentido, diante do novo cenário que se descortina, com o fim da observação do consenso e a concomitante atualização da base de cálculo dos preços dos combustíveis, atualmente lastreada no valor internacional do barril de petróleo, consideram imprescindível a prorrogação do referido congelamento pelos próximos 60 dias, até que soluções estruturais para a estabilização dos preços desses insumos sejam estabelecidas, considerando-se também os termos do Projeto de Lei n° 1472, de 2021.

Por fim, ao ressaltar que esta proposta traduz mais um esforço com o intuito de atenuar as pressões inflacionárias que tanto prejudicam os consumidores, sobretudo no tocante às camadas mais pobres e desassistidas da população brasileira, enfatizam a urgente necessidade de revisão da política de paridade internacional de preços dos combustíveis, que tem levado a frequentes reajustes, muito acima da inflação e do poder de compra da sociedade" .

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