O ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT), disse neste sábado (22) que estuda uma nova reforma trabalhista. A proposta entrou no centro do debate eleitoral após líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), à frente nas pesquisas, dizerem que, se eleitos, vão revogar a medida
.
“É preciso muita flexibilidade para entender novas atividades, o home office, o trabalho remoto, uma série de questões que precisam avançar na legislação. Mas nunca a direção pode ser a precarização do trabalho, como essa que foi feita, muito menos sufocar os sindicatos”, afirmou Ciro à BandNews.
Outro ponto criticado pelo candidato cearense foi a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional, que obriga a empresa a reajustar o preço dos combustível caso haja variação no preço em dólar. Se eleito, Ciro promete acabar com a política no "dia 1º".
Ele criticou o ex-presidente Lula e o atual, Jair Bolsonaro, dizendo que ambos combinaram de não comparecer nos debates. Ciro, no entanto, elogiou Marina Silva e disse que gostaria de uma parceria com o partido dela, o Rede.
“Eu não tenho como, sem ofender, dizer que a Marina seria uma vice. Mas se ela pudesse vir me ajudar, seria certamente muito bem-vinda por cada militante nosso e por mim especialmente”, declarou.
Leia Também
Reforma trabalhista
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi, Hoffmann, disse em entrevista à CNN Brasil que se o partido retornar ao poder vendendo as eleições de 2022, desmontará pontos da reforma trabalhista. Segundo ela, houveram avanços proporcionados pelo texto, mas o que "deu errado precisa ser consertado.
“Nós temos que consertar o que deu errado. E essa reforma trabalhista deu errado. A promessa deles [governo Temer] quando fizeram a reforma trabalhista era a geração de emprego e desenvolvimento. Passaram-se já quase cinco anos, nós tivemos o desemprego crescendo, e não tivemos desenvolvimento no país”, afirma Gleisi.
Ela também declarou que se Lula vencer as eleições deste ano não ouvirá "mimimi" do mercado e revogará a lei que instituiu o teto de gastos em 2016. O petista ainda não apresentou o candidato a ministro da Economia, mas quer alguém com perfil empresarial e não um "guru" que acalme o mercado.