Deputada Gleise Hoffmann
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Deputada Gleise Hoffmann

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi, Hoffmann, disse em entrevista à CNN Brasil que se o partido retornar ao poder vendendo as eleições de 2022, desmontará pontos da reforma trabalhista. Segundo ela, houveram avanços proporcionados pelo texto, mas o que "deu errado precisa ser consertado. 

“Nós temos que consertar o que deu errado. E essa reforma trabalhista deu errado. A promessa deles [governo Temer] quando fizeram a reforma trabalhista era a geração de emprego e desenvolvimento. Passaram-se já quase cinco anos, nós tivemos o desemprego crescendo, e não tivemos desenvolvimento no país”, afirma Gleisi.

“Pode ser até que tenha alguns pontos que tenham sido bons, não estamos falando em não reconhece-los, mas na essência ela foi ruim. Retirou direitos, precarizou trabalho,  enfraqueceu a Justiça do Trabalho e sindicatos e não gerou emprego. A proposta do PT é clara: é fazer o conserto do que não deu certo”, continua.

A Lei 13.467/2017 , que promove mudanças no Código de Leis Trabalhistas (CLT), foi aprovada pelo governo do ex-presidente Michel Temer em 2017. Quatro anos depois o avanço prometido não se cumpriu. A pandemia e o cenário global influenciaram e os dois milhões de empregos "nos próximos dois anos" não apareceram, pelo contrário. 

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Em 2017 o Brasil tinha 12,3 milhões de desempregados, representando 11,8% da população ativa, hoje tem 14,1 milhões de desocupados, ou seja, 13,7% da população, segundo dados de julho do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Como inspiração para uma eventual contrarreforma, Gleisi cita a iniciativa promovida pelo presidente espanhol, Pedro Sanchez, que deve ser “acompanhada de perto” pelos brasileiros por estar recuperando “direitos dos trabalhadores”.

O possível candidato do partido será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo Gleisi "tem propostas claras" para a economia, com desenvolvimento forte, um grande programa de investimento, com o Estado presente na vida das pessoas e com mais renda e emprego.

Ela também declarou que se o ex-presidente Lula vencer as eleições deste ano não ouvirá  "mimimi" do mercado e revogará a lei que instituiu o teto de gastos em 2016. O petista ainda não apresentou o candidato a ministro da Economia, mas quer alguém com perfil empresarial e não um "guru" que acalme o mercado. 

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