O ano de 2021 começou com a confiança dos consumidores de imóveis a todo o vapor, com as famílias dando mais valor à casa própria na pandemia e os juros do crédito imobiliário em baixa. Contudo, ao longo do ano, a velocidade da compra de imóveis, principalmente daqueles destinados à classe média, caiu, devido à combinação de: alta de inflação e juros, cenário econômico e político incerto; e aumento dos preços dos imóveis. Neste ano, esse cenário deve continuar.
O valor médio dos imóveis residenciais subiu 5,29% em 2021, a maior elevação desde 2014, conforme o Índice FipeZap — ainda que, levando em conta a inflação de pouco mais de 10%, tenha havido queda real de 4,33%.
O resultado é o recuo na intenção de adquirir a casa própria nos próximos meses, que atingiu o menor nível em 12 meses. A proporção de pessoas que declarou a intenção de comprar imóvel caiu de 48% no segundo trimestre para 43% no terceiro trimestre do ano passado, de acordo com o dado mais recente disponível de um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e do Grupo Zap.