A promessa do governo de pagar o Auxílio Brasil R$ 400 para 17 milhões de famílias não se concretizou em janeiro, quando apenas 14,6 milhões receberam. O Ministério da Cidadania informou que não pagará retroativo para os mais de 3 milhões de beneficiários que tinham direito, mas não foram incluídos na folha de pagamentos da pasta.
Em novembro o governo também deixou beneficiários de fora, que também não serão contemplados com pagamentos retroativos.
O titular da pasta, João Roma, admitiu nesta terça-feira (18) que não há recursos para manter o compromisso.
“Não, infelizmente [o retroativo não será pago]. A tramitação da PEC (dos Precatórios) só se concluiu em dezembro”, explicou o ministro, em entrevista ao UOL.
“Não há, até o momento, previsão orçamentária para pagamento retroativo referente ao mês anterior”, já informava a pasta em novembro.
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O Auxílio Brasil é um complemento publicado no Diário Oficial por Medida Provisória para aumentar o valor do Bolsa Família de R$ 217,18 para R4 400. O “benefício extraordinário” tem prazo de validade e acaba em dezembro de 2022.
O ministro negou que o novo valor do auxílio tenha caráter eleitoral. “Todas as ações do governo têm avaliação da população. Isso [Auxílio Brasil] amplia, obviamente, a aceitação do governo, consequência de uma política pública, o que é diferente de ação eleitoreira”, argumentou.