Moro Guedes e Bolsonaro
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Moro Guedes e Bolsonaro

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro condenou a polarização eleitoral e disse que tanto o ex-presidente Lula quanto o atual Jair Bolsonaro, seus adversários no pleito deste ano, seriam opções "muito ruins" para a economia.

"Temos duas alternativas que são ruins. A primeira é a continuidade deste governo, que não tem projeto para o País, não tem rumo, e agora contraria as promessas de responsabilidade fiscal e de redução da dívida pública. A outra é a do ex-presidente Lula, e a gente lembra que esse governo não acabou bem. Ao fim desse governo, tivemos a maior recessão da história entre 2014 e 2016", afirmou nesta terça-feira (11) em palestra no evento "Money Week - Cenários 2022". 

Moro também criticou a gestão atual e o descalabro fiscal após a aprovação da PEC dos Precatórios. Segundo ele, houve perda de credibilidade graças à incerteza que se criou quanto ao pagamento de dívidas judiciais. 

"PEC dos Precatórios tem aspecto muito positivo, que é a expansão do antigo Bolsa Família, que é necessária. Juntamente com a PEC, são aumentadas outras receitas, de duvidosa necessidade neste momento. Uma é o aumento das verbas para emendas de relator", disse o ex-ministro de Bolsonaro, que também atacou o orçamento secreto. "Isso gera pulverização do orçamento público. Em vez de concentrar a verba em investimento público, leva a aplicar a verba em investimentos que não são relevantes." 

Sem dar detalhes do seu plano de governo, o ex-juiz disse que é preciso uma "política fiscal responsável" para retomada do crescimento. Moro, que já havia citado a necessidade de criar uma "força-tarefa" para acabar com a pobreza, agora fala em agência governamental de combate à miséria. 

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"Crescendo outras alternativas eleitorais, com políticas econômicas mais responsáveis, baseadas na ciência, evitando ideologias equivocadas, isso pode gerar um viés positivo para a economia brasileira", declarou.

Principal símbolo da sua campanha, Moro também criticou casos de corrupção que marcaram as gestões petistas e que assombram a atual. 

"Transigir com a ética não leva à governabilidade. Temos exemplos claros do passado. Durante o governo do PT, nos quais se teve mensalão e petrolão, o resultado foram as recessões de 2014 e 2016. O governo atual, sem projeto, tem alianças bastante controvertidas, está utilizando de um mecanismo que leva à pulverização do orçamento através das emendas de relator, e ele está entregando uma provável recessão em 2022." 

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