O presidente Jair Bolsonaro culpou a França pelo atraso em chegar a um acordo mais aberto entre o Mercosul e a União Europeia. Segundo ele, o país "não aceita" o Brasil no comércio europeu. No seu governo os blocos se aproximaram, mas Bolsonaro lamentou as dificuldades para a implementação do pacto comercial.
"A França, por exemplo, não aceita a gente entrar nesse comércio. E você precisa da aprovação de todos os países da União Europeia", disse em entrevista à Rádio Sarandi, do Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (10). Ele acrescentou que o Mercosul "sempre foi instável" e tem seus "prós e contras".
Bolsonaro não tem boa relação com o presidente da França, Emmanuel Macron, que se encontrou com o ex-presidente Lula recentemente e disse que a relação com o Brasil "já foi melhor".
Bolsonaro também já reagiu a um comentário que insinuava que a esposa do presidente francês seria feia.
O presidente também lembrou o fato de o Uruguai querer fazer um acordo comercial diretamente com a China, fora das regras do Mercosul. "É um problema que a gente enfrenta. Estamos tratando desse assunto. O Mercosul é uma coisa que todo dia deve ser tratado", declarou Bolsonaro. "Eu, particularmente, entendo que a gente livre poderia ser bem melhor para nós. Mas a gente respeita o que foi feito lá atrás no tocante ao Mercosul", acrescentou.
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Combustíveis
Bolsonaro voltou a criticar o preço dos combustíveis e defendeu novamente uma alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis nos Estados.
"O ICMS é um dos itens que mais pesa no preço do combustível", disse. "Por que é esse valor? Cada Estado bota o porcentual que bem entende", criticou. "Outra coisa que pesa também é a paridade com o preço internacional. No governo Temer, resolveu-se fazer uma paridade da gasolina aqui no Brasil com a lá de fora", acrescentou.