O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou nesta quinta-feira (6) que se reunirá com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para discutir a mobilização de entrega de cargos em protesto por reajuste salarial. O encontro está previsto para acontecer na próxima terça-feira (11).
Segundo sindicato, cerca de 50% dos funcionários comissionados já aderiram ao movimento, mesmo em mês de férias. A expectativa é que a mobilização atinja mil cargos.
Na reunião, o presidente do Sinal, Fábio Faiad, e sindicalistas devem pressionar Campos Neto a convencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) a reajustar os salários dos servidores do BC. No fim do ano passado, Bolsonaro chegou a anunciar o reajuste salarial, mas apenas para servidores da segurança pública.
O anúncio gerou incômodo em outras classes, que iniciaram uma mobilização pedindo o aumento dos vencimentos. Servidores da Receita Federal, Banco Central e auditores trabalhistas estão entre os que aderiram aos protestos.
Ao iG, Faiad informou ter tentado uma conversa com o presidente do BC desde novembro, mas que não teve sucesso.
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"Estamos tentando conversar com o presidente Roberto Campos Neto desde o final de novembro e nada. Ele não quis nos atender. Esse é um dos motivos da categoria estar tão indignada. Estamos tentando forçar esse movimento para ver se ele nos atende, traz alguma solução concreta em conversa com [o presidente Jair] Bolsonaro, do qual ele é próximo", disse.
O Banco Central, no entanto, não confirmou o agendamento da reunião.
Mobilização de advertência
Mesmo com a reunião marcada, o Sinal manteve uma mobilização em frente a sede do BC marcada para o próximo dia 18 de janeiro. Os protestos também devem acontecer na Esplanada dos Ministérios.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) espera mobilizar outros servidores a participarem dos protestos.