Cesta básica fica mais cara, mas salário não tem aumento real
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Cesta básica fica mais cara, mas salário não tem aumento real

O salário mínimo de 2022, no valor de R$ 1.212 , não é o suficiente para comprar duas cestas básicas na cidade de São Paulo em janeiro. A projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é de que a cesta básica custará em torno de R$ 700 neste mês.

Composta por 13 itens, a cesta básica tem valor que varia em todo o país. Na maioria das capitais, o preço é mais alto que a metade do novo salário mínimo.

A capital com a cesta básica mais barata é Aracaju, onde é vendida por R$ 473,26. Já a cesta mais cara foi encontrada em Florianópolis, por R$ 710,53. Os dados são de novembro de 2021 e, na ocasião, representavam 46,5% e 70% do salário mínimo, respectivamente.

Uma família, no entanto, não tem apenas a alimentação na conta do mês. Um salário é o suficiente para encher apenas três vezes um tanque de carro de 60 litros com gasolina, por exemplo.

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É por isso que, para o Dieese, o valor do salário mínimo deveria ser de quase R$ 6 mil em 2022, considerando os preços no Brasil atualmente. O órgão avalia que, diante dos aumentos de preços, os trabalhadores que ganham menos são os mais prejudicados. Atualmente, 56 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo.

"Aqueles trabalhadores com renda muito próxima ao salário mínimo foram os mais afetados com o rebaixamento drástico do poder de compra", diz o Dieese à BBC.

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