Reajuste do salário mínimo
Nesta sexta-feira (31), foi publicada a Medida Provisória que aumenta o salário mínimo de R$ 1.100 para R$ 1.212 no ano de 2022. O reajuste, porém, não representa um aumento real.
Nesta sexta-feira (31), foi publicada a Medida Provisória que aumenta o salário mínimo de R$ 1.100 para R$ 1.212 no ano de 2022. O reajuste, porém, não representa um aumento real.
De acordo com a Constituição, o salário mínimo deve ser corrigido, ao menos, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Isso significa que o governo pode optar por uma variação maior, mas nunca menor.
Se o governo corrige o salário mínimo usando apenas o INPC, ele está apenas repondo a desvalorização do dinheiro, sem dar aos trabalhadores um aumento real. Foi o que aconteceu nos últimos três anos, sob o governo do presidente Jair Bolsonaro: em 2020, 2021 e 2022, o aumento real do salário mínimo foi de 0%.
Entre 2011 e 2019, a correção do salário mínimo levava em consideração tanto a inflação quanto a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. 2017 e 2018, sob a gestão de Michel Temer, foram os únicos anos em que o salário teve ganho real negativo (-0,10% e -0,25%, respectivamente), por conta da retração do PIB.
Com exceção de 2017 e 2018 e dos três anos de governo de Bolsonaro, o salário mínimo teve aumentos reais em todos os anos desde 2005. O maior ganho foi em 2006, sob a gestão de Lula, quando o aumento real, aquele além da inflação, foi de 13,04%.
Ainda sob a gestão de Lula, o salário mínimo teve aumentos reais de 8,23%, em 2005, e de 6,02%, em 2010. No governo de Dilma Rousseff, houve um aumento real de 7,59% em 2012.