As contas do setor público consolidado, formado por governo central, estados, municípios e empresas estatais (à exceção de Petrobras e Eletrobras), registraram um superávit primário de R$ 15 bilhões em novembro. O valor, que não inclui o pagamento de juros da dívida, é o mais alto desde novembro de 2013, quando o saldo atingiu R$ 29,8 bilhões.
O número equivale a menos da metade do valor contabilizado em outubro, quando o resultado foi um superávit de R$ 35,399 bilhões, o melhor para o mês desde 2016. Porém, representou uma troca de sinal, uma vez que, em novembro do ano passado, foi registrado um déficit mensal de 18,1 bilhões.
Segundo o Banco Central, os R$ 15 bilhões registrados no mês passado é resultado de superávits de R$ 3,5 bilhões do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) e de R$ 11,7 bilhões de estados e municípios. As empresas estatais apresentaram déficit de R$ 238 milhões.
No acumulado no ano, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 64,6 bilhões, ante déficit de R$ 651,1 bilhões no mesmo período de 2020. Nos últimos doze meses, as contas foram superavitárias em R$ 12,8 bilhões (0,15% do PIB), resultado que havia sido deficitário em R$ 20,4 bilhões (0,24% do PIB) no mesmo período até outubro.
A dívida pública atingiu R$ 7 trilhões, ou 81,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro. O percentual ficou abaixo do registrado no mês anterior, de 82,9%. De acordo com o Banco Central, a queda se deveu, principalmente, aos resgates líquidos da dívida, ao crescimento do PIB nominal e a incorporação de juros nominais.