Bolsonaro lamenta fracasso na redução da tarifa do Mercosul
Redação 1Bilhão Educação Financeira
Bolsonaro lamenta fracasso na redução da tarifa do Mercosul

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a falta de acordo para a redução da tarifa externa comum (TEC) do Mercosul neste semestre em que o Brasil ocupou a presidência pro-tempore do bloco. Em cúpula virtual, motivada tanto por questões sanitárias quanto por instabilidades políticas, o presidente admitiu que essa era a principal meta do país.

"Lamentamos que não tenhamos podido lograr acordo sobre este tema neste semestre, a despeito dos esforços realizados pelo Brasil, como a nossa disposição em aceitar redução inferior àquela que planejávamos inicialmente", afirmou Bolsonaro nesta sexta-feira.

A redução da TEC é um antigo desejo do Brasil, quer pretende abrir mais sua economia e, com isso, ajudar a controlar a inflação. Em outubro, o país chegou a firmar acordo com a Argentina para a redução em 10% da tarifa, mas não foi possível fechar o acordo com Paraguai e Uruguai.

O ministro de Relações Exteriores, Carlos França, que trabalhou na articulação do acordo com a Argentina, afirmou que a revisão da TEC deve ser objetivo prioritário do bloco:

"Apesar de grande esforço, não foi possível alcançar acordos sobre a revisão da tarifa externa comum que deve permanecer com o objetivo prioritário e incontornável para a modernização do Mercosul."

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A presidência pro-tempore do bloco será assumida pelo Paraguai, que comandará as negociações do Mercosul no próximo semestre. O presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, ressaltou que a revisão da TEC será prioridade em sua gestão:

"Na presidência pro-tempore que assumimos hoje, vamos desenvolver uma agenda dinâmica, pró-ativa, e nesse contexto terá prioridade o processo de revisão da Tarifa Externa Comum, em que já alcançamos uma importante convergência de posições nos últimos meses."

Cúpula virtual

Foi o Brasil que decidiu transformar a cúpula do Mercosul em evento virtual. Como o GLOBO mostrou, a principal motivação para o cancelamento do encontro presencial dos presidentes foi a Ômicron, a nova variante do coronavírus.

Mas a situação atual do bloco é de tensões políticas e econômicas entre os sócios, potencializadas pela viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina.


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