Paulo Skaf
Divulgação/Fiesp
Paulo Skaf

Após 17 anos à frente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf foi nesta quinta-feira o protagonista de uma festa de despedida da entidade.

Ao longo da noite, vídeos de suas realizações se revezaram com mensagens de agradecimento, apresentações musicais e imagens do pato de borracha da campanha contra a CPMF.

A cerimônia grandiosa expõe as diferenças de perfil entre Skaf e seu sucessor, o empresário Josué Gomes, que assume a maior associação do setor industrial no país.

Com a posse prevista para 1º de janeiro, Gomes é mais discreto e praticamente não tem falado desde que foi eleito o novo presidente, em julho.

O empresário, filho do ex-vice-presidente José Alencar, não fez discurso e nem revelou quais serão seus pleitos à frente da entidade. Disse que era dia de comemorar as realizações de Skaf:

"A partir de primeiro de janeiro estarei à disposição. Mas hoje é um dia de comemoração e agradecimento ao Paulo Skaf", declarou.

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Num breve comentário sobre a situação do setor industrial, disse que há quase três décadas há “redução na participação da indústria” no PIB:

"Mas a indústria está se transformando. Hoje você não concebe mais a indústria de transformação só produzindo produtos. É uma conjunção de produtos com serviços. A própria medição do PIB talvez tenha que ser aprimorada para mostrar a verdadeira força da indústria."

Num evento de quase duas horas, um telão exibiu passagens dos quatro mandatos de Skaf à frente da Fiesp, lembrou a formação técnica de estudantes do Senai, o apoio ao esporte e à cultura por meio do Sistema S.

O jogador de vôlei Murilo Endres, o tenor Jean William e o maestro João Carlos Martins agradeceram a Skaf pelo apoio recebido.

Também ganharam destaque campanhas da Fiesp, como a redução de impostos da cesta básica, a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, além da campanha nacional contra o aumento de impostos e a volta da CPMF, que tinha como símbolo um pato.

A mascote foi incorporada às manifestações que pediam o impeachment de Dilma Rousseff.

Ao final da cerimônia, Skaf disse que, a partir de agora, quer fazer uma transição de forma que Josué “entre em voo de cruzeiro” na Fiesp. Afirmou que pretende se dedicar mais aos seus negócios e que deverá esperar até março para decidir sobre uma candidatura política. Ele é cotado para concorrer ao Senado.

A troca de comando na Fiesp traz a expectativa a alguns empresários de que a entidade atue com mais pragmatismo nos pleitos da indústria e um viés menos político.

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