Nesta quarta-feira (8) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic de 7,75% para 9,25%
, com isso, a Taxa Referencial (TR), que estava zerada desde 2017, volta a subir. Esse índice é usado na correção da caderneta de poupança, do dinheiro do trabalhador no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e de contratos de financiamento da casa própria.
Segundo economistas ouvidos pela Folha de São Paulo, quando a taxa Selic passa de 8,5%, há impacto direto na TR. Quando a Selic estava em 9,25% ao ano, em julho de 2017, por exemplo, a TR naquele mês foi de 0,0623%.
Por lei, o FGTS tem rendimento de 3% ao ano mais a TR. Todo dia 10, as contas do FGTS recebem atualização monetária mensal. Sendo assim, a partir de janeiro o valor deve aumentar, mas a porcentagem só será conhecida no mês que vem.
A base para medir a TR é a movimentação dos juros desses papéis nos últimos cinco dias do mês, nos 30 maiores bancos do país.
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Poupança
O novo patamar da Selic vai mudar a regra de correção da poupança. Quando a taxa básica de juros supera 8,5%, a regra de reajuste da caderneta é alterada e passa a ser de 0,5% ao ano mais a TR.
A regra muda, o ganho aumenta um pouquinho frente ao atual, mas a caderneta segue rendendo pouco acima de 6% ao ano, e abaixo da inflação caso a alta de preços siga no atual patamar de dois dígitos.