O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a expressar sua vontade de privatizar a Petrobras e afirmou que ela é uma "bomba para o governo". Em evento, Guedes disse que o Brasil não tira petróleo na velocidade necessária para erradicar a pobreza e previu uma redução no valor da estatal.
Para o ministro, a privatização da Petrobras poderá aumentar a concorrência e diminuir os preços dos combustíveis. Paulo Guedes ainda acusou governos passados de "quebrarem" a estatal.
"A estatal listada em Bolsa ajuda a sociedade, derruba os preços e acaba quebrando, como no governo passado? Ou vira de mercado, bota o preço lá em cima e — entre aspas — aperta o consumidor, como está acontecendo agora com o petróleo? A Petrobras não satisfaz ninguém, e a bomba fica no colo do governo", afirmou Guedes.
"O mundo inteiro está indo em direção ao verde e ao digital. O futuro não é com a mão suja de graxa, como diz um ex-presidente aí que fala que quer a Petrobras de volta. De volta para quê, para saquear? Para quê, se o futuro é verde. Vai morrer sentado em cima desse petróleo valendo zero", concluiu.
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Essa não é a primeira vez que Guedes assume o desejo de privatizar a Petrobras. Em setembro, o ministro afirmou haver estudos para vender a petroleira em até 10 anos.
A possível privatização da estatal tem apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já declarou não ver a Petrobras com tanta importância.
Guedes citou os Emirados Árabes, uma das maiores reservatórios de petróleo do mundo. Ao dar exemplos sobre riqueza através do combustível, o ministro afirmou que o Brasil não tem agilidade suficiente para reduzir a pobreza no país.
"Até os Emirados Árabes fizeram melhor, tiraram o petróleo e fizeram cidades no deserto. Mas nós não tiramos o petróleo do chão na velocidade necessária para erradicar a pobreza", completou.