Depois que a pandemia acelerou o processo digital em vários setores, os brasileiros estão mais abertos para a tecnologia, inclusive na forma de pagamento. Uma pesquisa realizada pela WorldPay com cinco países mostra que as pessoas acham mais fácil e conveniente pagamentos sem contato e que no Brasil 82% dos entrevistados estão interessados em novas tecnologias para suas compras no futuro.
Entre as formas preferidas de pagamento dos brasileiros, em primeiro lugar está ter um aplicativo ou assistente virtual conectado ao carro, de onde possa fazer compras ou contratar serviços.
Em segundo, vem a identificação por biometria e a entrega por drones. Alguns testes com drones já ocorrem, como a Ambev para entregar cerveja no Brasil e a Domino´s para deixar pizza na casa dos clientes nos Estados Unidos.
E, na sequência, o pagamento conhecido como “checkout free”, que já existe em alguns supermercados, em que o cliente mesmo é quem passa os produtos no leitor de caixa e faz o pagamento sozinho.
Outra modalidade apontada no levantamento é ´”just walk out”, na qual o cliente faz uma conta no aplicativo da loja e, ao entrar em uma unidade física, pode simplesmente pegar os produtos da prateleira, pôr em seu carrinho e ir embora, pois sensores identificam ele, os itens e fazem a compra automaticamente.
Esta forma de pagamento ainda é incipiente. A Amazon inaugurou em junho seu primeiro supermercado de grande porte em Washington, nos Estados Unidos. No Brasil, existe em pequeno porte, em alguns condomínios no Rio e em São Paulo.
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Por último, a opção escolhida pelos brasileiros são as operações por comando de voz, criptomoedas e as tecnologias integradas à realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR).
O estudo também mostra que oferecer vários métodos de pagamento é importante para 67% dos consumidores nos países pesquisados. No Brasil, entretanto, é muito mais relevante: 84% considera essencial ter mais de uma opção para comprar.
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O levantamento foi feito entre julho e agosto deste ano, com quatro mil pessoas, também nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Singapura. Em geral, 60% das pessoas, independentemente de geração, estão propensas para pagamentos com opções mais tecnológicas.
O receio da falta de segurança de transações digitais era mais perceptível no Brasil do que nos outros países antes da pandemia, segundo a pesquisa da Worldplay.
Um exemplo desta mudança foi publicado por O GLOBO, neste domingo. Apesar da resistência inicial de algumas pessoas e setores, a ferramenta digital criada pelo Banco Central para transferências bancárias caiu no gosto popular. Em um ano, o PIX atingiu 45,6 milhões de pessoas, segundo o BC.
Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 50% das pessoas disseram que os gastos com alimentos aumentaram nos últimos 12 meses e que gastaram menos com viagens e refeições fora de casa.
Além das compras nos supermercados, somente os serviços digitais, streaming e de assinatura que aumentaram os gastos gerais no último ano, o que, de acordo com o estudo, pode ser justificado pelo isolamento social.