Bolsonaro garante ter plano B caso PEC dos Precatórios não seja aprovada
Presidente não deu detalhes do que poderia ser feito; ideia é diminuir gastos em 2022 para conseguir bancar o Auxílio Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (30) que tem um plano B para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400 caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada pelo Congresso.
Bolsonaro não deu detalhes sobre qual seria essa saída do governo e disse estar preocupado com os adiamentos da apreciação da PEC - já foram três.
Entenda a relação entre o pagamento dos precatórios e o Auxílio Brasil .
"Se pagar essa dívida [precatórios], os ministérios praticamente ficarão sem recursos para 2022. Sou um paraquedista, sempre tenho um paraquedas reserva comigo. Quem raciocina e tem inteligência sempre tem um plano B", garantiu o presidente a jornalistas em Roma, onde participa do encontro de líderes do G20.
Após o terceiro adiamento, a PEC dos Precatórios deve ser apreciada e colocada em votação na próxima quarta-feira (3), após o feriado de Finados na véspera. A medida desagrada a oposição e não é unanimidade nem nos aliados do governo, então há um temor de que a proposta possa ser derrotada no Congresso, o que obrigaria o governo a usar o plano B para bancar o novo Bolsa Família a partir do ano que vem.
O presidente voltou a exaltar a forma com que o Brasil lidou com a pandemia, sem nunca mencionar que o País segue sendo o segundo do mundo com mais óbitos provocados pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos. "O Brasil fez seu dever de casa, não mediu esforços para atender os mais necessitados" e agora precisa investir na retomada, defendeu.