O sonho cada vez mais distante
O ideal para Bolsonaro e para a equipe econômica era a criação do Auxílio Brasil no valor de R$ 400 até dezembro de 2022, ano das eleições presidenciais.
No último dia do auxílio emergencial, segurados ainda estão no escuro sobre o futuro.
O ideal para Bolsonaro e para a equipe econômica era a criação do Auxílio Brasil no valor de R$ 400 até dezembro de 2022, ano das eleições presidenciais.
Para conseguir espaço no Orçamento e aumentar o tíquete médio do benefício, esperava aprovar a PEC dos precatórios, que congela dívidas judiciais da União, até novembro. Não aconteceu, a votação da medida foi adiada três vezes e o governo percebeu o cobertor curto.
A lei eleitoral proíbe a criação de programas sociais em ano de eleições, sendo assim, o governo tem até 7 de dezembro para aprovar o Auxílio Brasil, que é a data de vencimento da MP. Por enquanto a decisão frustrou os beneficiários que esperavam receber R$ 400. Em novembro a parcela será de R$ 222.
O caminho mais fácil que é desistir e voltar ao Bolsa Família está descartado, Bolsonaro disse à técnicos da economia que precisa de um "programa para chamar de seu" e usar como carro-chefe nas eleições de 2022. Sobra uma alternativa: prorrogar o auxílio emergencial, de novo.
Para driblar o teto de gastos, o governo precisaria decretar calamidade pública. O estado de calamidade pública nacional ligado à pandemia de Covid-19 foi encerrado em 31 de dezembro de 2020 e não foi renovado com a confiança de que o governo conseguiria aprovar as reformas. Não aconteceu e agora esse é o "Plano B" na mesa de Bolsonaro.
Entenda a cronologia do Auxílio Brasil