O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o país já arrecadou R$ 300 bilhões a mais do que o previsto para 2021 e que parte desse excesso pode ser usada para bancar o novo programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, compensando parte do valor que ficará fora do teto de gastos.
"A nossa arrecadação, que tinha vindo R$ 200 bilhões acima do previsto, já passou dos R$ 300 bilhões. Isso não é um sinal para sair gastando, não. Isso é um sinal justamente para mostrar a determinação do presidente em ajudar os mais frágeis, aumentando um protótipo de renda básica", afirmou Guedes durante evento no Palácio do Planalto nesta segunda-feira.
Os dados oficiais da arrecadação do país até setembro serão divulgados na terça-feira, mas o ministro adiantou que haveria novo recorde e defendeu o uso dos recursos para turbinar o Auxílio Brasil, a reformulação do Bolsa Família.
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Para chegar ao valor mínimo de R$ 400 mensais para cada família beneficiada, o governo terá de bancar parte dessas despesas fora do teto de gastos. A decisão provocou uma debandada na equipe de Guedes, e quatro secretários deixaram os cargos na última semana.
O ministro miniminou o gasto fora do teto, a principal âncora da política fiscal brasileira, e reafirmou que foi a maneira de atender a um pedido do presidente.
"Evidente que seja com um pedido de extrateto, seja com uma revisão,não podemos disfarçar a verdade: a verdade é que vai haver umgasto um pouco maior, estamos falando de R$ 30 e poucos bilhões. Para um país que arrecadou R$ 300 bilhõesa mais do que o ano passado, R$ 30 bilhões são 10%", disse.