A legislação eleitoral proíbe a criação de benefícios sociais em ano de eleições, com isso o governo se apressa para enviar ao Congresso o Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família até dezembro de 2022. Segundo a colunista Adriana Fernandes, do Estadão, nos bastidores do Legislativo não é segredo que o valor do benefício pode ultrapassar os R$ 400 propostos.
Tanto governistas quanto partidos de esquerda apoiam aumento no programa social e dizem abertamente que vão tentar subir o valor médio para R$ 500.
Assim como no caso do auxílio emergencial, que o governo propôs R$ 200 e a Câmara foi responsável pelo aumento, dessa vez não dese ser diferente. Caso o cenário se repita, a oposição pode dizer que o valor de R$ 500 é uma vitória do Congresso, não do governo.
Ontem, em entrevista, o ex-presidente Lula, principal adversário de Jair Bolsonaro ao Planalto em 2022, disse que apoia a elevação para R$ 600. A declaração pressiona ainda mais o governo a aumentar o benefício.
"Tô vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de auxílio. Tem gente dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos aceitar. Não penso assim. O PT defende um auxílio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele", defendeu o ex-presidente.
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Nos seus anos como chefe do Executivo, Lula manteve os reajustes do Bolsa Família restritos a inflação anual.