O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta quarta-feira (06) que o horário de verão não voltará nos próximos anos e voltou a dizer que a medida não se faz necessária, mesmo com o país passando pela pior crise hídrica em 91 anos. Em entrevista, Albuquerque também descartou a possibilidade de racionamento ou apagão no país.
O horário de verão foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, sob justificativa de que a medida não reduz o consumo de energia elétrica em horários de pico. A proposta teve apoio de empresários, que recuaram após o início da crise energética.
Bento Albuquerque rebateu as afirmações sobre economia de energia com horário de verão e disse que a matriz energética do Brasil é suficiente.
“Do ponto de vista energético, não há a necessidade da volta do horário de verão. Nós já fizemos uma análise: do ponto de vista energético, não se faria necessário. E foi tomada a decisão pelo presidente Bolsonaro de não decretar o horário de verão. Agora em 2021, entre 2020 e 2021, sempre analisamos essa questão. Então, o horário de verão não ocorrerá, como não vem ocorrendo desde 2019”, disse Albuquerque, em entrevista ao Sistema Verdes Mares.
Especialistas, no entanto, rebatem as declarações de Albuquerque e dizem que o país pode sofrer apagões no começo de 2022. As hidrelétricas não estão suportando a falta de chuva e tem reduzido suas produções.
O Ministério de Minas e Energia sugeriu o racionamento voluntário e lançou programas de descontos na conta de energia para empresas e clientes reduzirem o consumo de luz.