O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que o Brasil intensifique as relações comerciais com a Índia, para tentar reproduzir a mesma estratégia que usou com a China, e tornar o país um grande parceiro de negócios. Ele disse que esse é um momento para voltar ao “caminho das Índias orientais”.
"Se conseguirmos transformar a Índia (em paceiro comercial) em uma trajetória semelhante de aproximação como conseguimos com a China, em que saímos de menos de R$ 5 bilhões para chegar a um fluxo de R$ 100 bilhões em 20 anos, e temos tudo para conseguir, o Brasil terá um futuro brilhante pela frente", afirmou o ministro.
As declarações foram dadas durante um evento da Apex-Brasil no Palácio do Itamaraty nesta quinta-feira, em que foi apresentando o trabalho que será desenvolvido na Expo Dubai 2020, que havia sido adiada por causa da pandemia e será aberta oficialmente hoje.
Guedes destacou que a parceria entre Brasil e Índia tem tudo para dar certo porque os indianos também enfrentam dilemas semelhantes aos da China:
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"Eles têm as mesmas restrições que os chineses têm de uma população muito grande e a dificuldade de produzir alimentos por não disporem de uma base hídrica como o Brasil dispõe".
Oriente médio é novo hub
O ministro destacou também a participação do Brasil na Expo Dubai, que vem sendo anunciada como o maior evento internacional aberto ao público desde o início da pandemia, como uma estratégia importante para reforçar os laços comerciais com o Oriente Médio.
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De acordo com Guedes, a região da Eurásia e Oriente Médio integram o maio polo de crescimento da economia mundial, com quem brasil deve manter uma corrente comercial de US$ 500 bilhões neste ano.
"Estamos nos conectando agora com o que pode ser o hub não só de exportações nossas para o resto do mundo naquela região mais dinâmica, como também de receber os investimentos porque o Oriente Médio cada vez mais é um centro financeiro mais sofisticado", declarou.
Além de Guedes, estiveram no evento o chanceler, Carlos França, o diretor negócios da Apex, Augusto Pestana, e o secretário Especial de Assuntos Estratégicos, Almirante Flávio Rocha.
Apesar do evento tratar da integração com a região e de apresentar a exposição brasileira em Dubai, o embaixador dos Emirados Árabes não foi convidado para a cerimônia. O ministro Carlo França disse que foi por “esquecimento”, mas que ele terá um almoço com o embaixador nesta semana.