O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (24) que o Brasil tem enfrentado a crise hídrica que atinge o país e coloca em risco o sistema elétrico do país com "planejamento, seriedade e transparência". O presidente, que está isolado no Palácio do Alvorada após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, contrair coronavírus na viagem a Nova York, enviou um vídeo gravado para um debate remoto sobre energia realizado pela Organização das Nações Unidas.
Nesta quinta-feira, em sua transmissão nas redes sociais, Bolsonaro já repetiu seu apelo para que os brasileiros apaguem um ponto de luz em casa e que economizem energia tomando banhos sem aquecimento ou deixando de usar elevadores. Durante sua participação no evento da ONU, Bolsonaro afirmou que o país está bem posicionado em relação à utilização de energias limpas,com mais de 80% da matriz energética renovável, segundo Bolsonaro.
"São tarefas enormes que o mundo tem pela frente. Aprofundar a descarbonização nos transportes, ampliar a geração de energia para as nossas necessidades de desenvolvimento ou ainda lidar com os desafios climáticos, de que é exemplo a atual escassez hídrica do Brasil, que estamos enfrentando com planejamento, seriedade e transparência", afirmou Bolsonaro.
Por algumas semanas, durante o aprofundamento da crise hídrica, o presidente resistiu à possibilidade de convocar a população a um racionamento, postura que mudou nas últimas semanas, quando começou a pedir economia nas suas lives.
"Aqui (no Palácio da Alvorada) são três andares. Quando tem que descer, mesmo que o elevador esteja aberto na minha frente, eu desço pela escada. Se puder fazer a mesma coisa no seu prédio... Ajude a gente. Quanto menos mexer no elevador, mais economia de energia nós temos", disse Bolsonaro durante a live.
No discurso, Bolsonaro afirmou que a dependência de energias de origem fóssil, como petróleo, é a principal responsável pelas mudanças do clima que vivemos atualmente.
"Na transição energética global para qual temos dado nossa contribuição, não tem receita unica.Todas as tecnologias terão papel importante na transição, em linha com as necessidades regionais", disse Bolsonaro.
Bolsonaro retornou ao Brasil com sua comitiva após dois integrantes do grupo serem diagnosticados com Covid-19. Nesta sexta-feira, o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também confirmou que recebeu o diagnóstico positivo.
Bolsonaro deverá ser testado neste final de semana antes de retornar às atividades presenciais, caso o resultado seja negativo.