O governo da China está pedindo para autoridades locais se prepararem para uma eventual quebra da Evergrande, megaincorporadora imobiliária que tem mais de US$ 300 bilhões em dívidas e está à beira da falência.
A informação é do diário americano The Wall Street Journal, que cita "fontes oficiais próximas às discussões". Segundo o jornal, isso indica a relutância de Pequim em resgatar uma das maiores empresas do país.
As recomendações do governo chinês são para as autoridades se prepararem para uma "possível tempestade". Agências locais e empresas estatais teriam sido instruídas a agir apenas "no último minuto, caso a Evergrande não consiga administrar seus negócios de forma ordenada".
Já a Bloomberg afirma que Pequim emitiu uma série de instruções para a incorporadora, pedindo prioridade na conclusão dos projetos em construção, no reembolso de investidores individuais e no pagamento de obrigações de curto prazo em dólar.
A Evergrande tem uma dívida de US$ 83,5 milhões que vence nesta quinta-feira (23), mas com 30 dias de tolerância antes da declaração de insolvência.
Por meio de um comunicado, o presidente e fundador da incorporadora, Hui Ka Yan, disse que será "prioridade absoluta" ajudar os investidores de varejo e que a empresa "fará seu melhor para retomar o trabalho e a produção".
A Evergrande tem 1,4 milhão de imóveis em construção e emprega cerca de 200 mil pessoas.