Em meio aos bloqueios de rodovias feitos por caminhoneiros em todo o país, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (09) que a Polícia Militar do estado poderá desobstruir à força eventuais bloqueios nas estradas paulistas, "se necessário".
Pelo segundo dia consecutivo, caminhoneiros simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro fazem manifestações nas estradas, bloqueando as pistas em diversos pontos do país. Até às 11h da manhã, foram registrados protestos em rodovias federais de 14 estados, segundo boletim do Ministério da Infraestrutura.
Doria disse ter orientado o secretário de Segurança Pública, João Campos, e o comando da Polícia Militar a não permitir a paralisação de nenhuma estrada estadual em São Paulo.
"Se acontecer, é questão de minutos. Primeiro, no diálogo, e, se necessário, na força. Aqui nenhum manifestante vai fechar estradas", declarou Doria, numa visita à cidade de Sumaré, no interior do estado.
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Em São Paulo, no início da tarde, havia bloqueios parciais em estradas estaduais de três municípios (Teodoro Sampaio, Caraguatatuba e Franca), segundo a Polícia Militar. Já a Polícia Rodoviária Federal informou, às 14h, que nenhuma estrada federal em São Paulo registrava bloqueios.
As interdições das estradas, que começaram na quarta-feira, continuaram, embora com menos força, mesmo após Bolsonaro ter gravado um áudio pedindo o fim do bloqueio nas estradas. Na gravação, o presidente diz que a ação "atrapalha a economia" e "prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres". Bolsonaristas, no entanto, questionam a veracidade do áudio.
Os caminhoneiros se mobilizaram após os atos antidemocráticos puxados por Bolsonaro no dia 7 de Setembro. Apoiadores do presidente foram às ruas na terça-feira com pedidos antidemocráticos.