Preço da carne pode cair com embargo da China, avalia governo federal
Brasil suspendeu as exportações de carne bovina para o país asiático após a confirmação de dois casos atípicos de vaca louca
O governo federal avalia que o preço da carne pode cair para o consumidor após o embargo da China, dado pela confirmação de dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como vaca louca, no Brasil. A queda nos preços se daria pela ampliação da oferta no mercado interno.
Desde a última quarta-feira (1), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está investigando casos suspeitos de vaca louca no país. No sábado (4), a pasta confirmou dois casos da doença em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e de Nova Canaã do Norte (MT). Por isso, as exportações de carne bovina para a China foram suspensas.
Segundo o Ministério da Agricultura, os casos registrados são atípicos - quando não há contaminação. No entanto, a suspensão das exportações para a China se deu em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil. A medida deve valer até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
Principal mercado comprador
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China é o principal destino das exportações de carne bovina do Brasil. Somente nesse ano, já foram exportados US$ 3,545 bilhões em carne fresca, refrigerada ou congelada para o país asiático.
Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar os impactos econômicos do embargo chinês. Já na Bolsa de Valores, com a divulgação da suspeita do mal da vaca louca na quarta-feira (1), o preço da arroba (15kg) do boi gordo recuou 4,38% e foi para R$ 296,95.