O ministro da Economia deve enviar ao Congresso Nacional o Orçamento de 2022 com meta fiscal rígida e sem reajuste do Bolsa Família, ou Auxílio Brasil, para tranquilizar o mercado financeiro, assustado com a alta dos juros e o descontrole da inflação. A informação é d'O GLOBO.
O texto precisa ser entregue até o dia 31 de agosto e é visto como peça chave para o ano eleitoral.
Fontes do jornal no Ministério afirmam que o projeto vai respeitar o teto de gastos e restringirá gastos livres, apesar da pressão eleitoreira feita pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ao GLOBO, o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, disse que há um compromisso "irrestrito" com a responsabilidade fiscal.
"Toda a equipe do Ministério da Economia está alinhada em torno do compromisso irrestrito com a responsabilidade fiscal e com o respeito ao arcabouço de regras do país que permitem manter as contas públicas organizadas", afirmou.
O reajuste do Bolsa Família está condicionado à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios, que prevê o parcelamento de dívidas judiciais da União. No entanto, precisa de aprovação de dois terços do Congresso, o que dificulta e atrasa a previsão da Economia.
"A PEC alinhará o tratamento dado aos precatórios com a regra do teto, que é nossa principal âncora fiscal, e trará previsibilidade ao gestor para lidar com essa questão no ano que vem e nos próximos" disse Funchal ao GLOBO.