Apple adia volta aos escritórios para 2022 após críticas de funcionários
Bruno Gall De Blasi
Apple adia volta aos escritórios para 2022 após críticas de funcionários

Apple  vai permanecer em home office por mais algum tempo. Devido ao aumento de casos de COVID-19, a fabricante do iPhone decidiu adiar o retorno aos escritórios para janeiro do ano que vem. A decisão veio à tona depois que os funcionários se queixaram do esquema de trabalho híbrido proposto pela companhia nos últimos meses.

As informações foram reveladas pelo The Verge nesta sexta-feira (20). Segundo o site, a Apple vai prolongar o período de trabalho remoto até, pelo menos, janeiro de 2022. Em um comunicado interno, a vice-presidente sênior de pessoas e varejo, Deirdre O'Brien, também encorajou os funcionários a se vacinarem contra a COVID-19.

"Sei que há um sentimento de frustração porque a pandemia ainda não acabou", afirmou. "Para muitos colegas em todo o mundo, este período foi uma época de grande tragédia, sofrimento e angústia. Por favor, saibam que estamos todos aqui para apoiar uns aos outros e estar uns com os outros durante esses tempos desafiadores".

A decisão veio à público pouco depois que a Apple prolongou a sua previsão de retorno devido à variante delta do novo coronavírus. Em meados de julho, a fabricante do iPhone adiou a volta aos escritórios para outubro de 2021. Antes, a empresa pretendia iniciar um esquema de trabalho híbrido em setembro deste ano.

Os funcionários serão avisados sobre o retorno aos escritórios com um mês de antecedência. Ainda de acordo com a executiva, as lojas permanecerão abertas.

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Apple Store em Pequim, China (Imagem: Divulgação/Apple)
Apple Store em Pequim, China (Imagem: Divulgação/Apple)

Apple é alvo de queixas por política de trabalho híbrido

A Apple se tornou alvo de reclamações devido ao seu novo esquema de trabalho híbrido. Ao site especializado em julho, funcionários da companhia acusaram-na de reprimir o trabalho remoto. Uma parte das queixas se concentrou em um canal do Slack com mais de 6.000 membros, onde cerca de dez pessoas afirmaram que iriam se demitir ou que conheciam alguém que foi forçado a sair devido à nova política.

As críticas partem do novo regime híbrido da empresa. Em junho, o CEO da Apple, Tim Cook, apresentou a proposta que previa três dias de trabalho remoto e dois dias nos escritórios. Para quem precisa realizar suas atividades presencialmente, o retorno às instalações da companhia aconteceria entre quatro e cinco dias por semana.

Além do episódio do mensageiro, os funcionários chegaram a enviar uma carta a Tim Cook. Mas, em resposta, Deirdre O’Brien defendeu a política e manteve a decisão. Segundo uma pesquisa interna feita pelos colaboradores em junho, 36,7% dos respondentes afirmaram que estavam preocupados por ter de sair da empresa devido à falta de flexibilidade. Ao todo, 1.735 pessoas responderam ao questionário.

Com informações:  The Verge

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