Na comparação entre 2019 e 2020, o governo do presidente Jair Bolsonaro reduziu em 45% a verba destinada ao programa habitacional Casa Verde Amarela, substituto do Minha Casa Minha Vida. Os dados são da Secap (Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria), vinculada ao Ministério da Economia, e apontam corte de R$ 2,1 bilhões no orçamento do programa.
Segundo Samuel Thomas Jaenisch, pesquisador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)ouvido pelo UOL, o corte não é de agora. Desde o fim do governo Dilma e início da gestão Temer o programa sofre com verbas cada vez mais escassas.
"É muito negativo que um programa como o Minha Casa Minha Vida perca esses recursos. A tendência é de que as famílias mais pobres sejam as mais prejudicadas, já que são as que mais dependem do subsídio para acessar uma moradia razoável", disse ele ao portal.
Neste fim de semana, o teto de uma das moradias entregue desabou um dia após ser entregue por Bolsonaro .
O relatório também mostra cortes em subsídios como renúncias da desoneração da folha de salários (queda de R$ 1 bilhão, ou 10,6%, em 2020 frente a 2019); destinadas ao setor automotivo (redução de R$ 959,4 milhões ou 15,1%); e do Simples Nacional (menos R$ 715,8 milhões ou 1%). Por outro lado, as renúncias fiscais para a Zona Franca de Manaus cresceram R$ 2,07 bilhões.