O ministro da Cidadania, João Roma, fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite de ontem (12) para anunciar o Auxílio Brasil. Segundo ele, o programa social, ainda sem valor definido, é uma "evolução" do Bolsa Família.
"O Auxílio Brasil representa evolução no conceito de transferência de renda e de assistência às famílias em condições de vulnerabilidade", disse. "Ao mesmo tempo em que garante uma renda básica às pessoas que estão na faixa de pobreza e de extrema pobreza, oferece ferramentas para emancipação socioeconômica", completou o ministro.
O programa terá três iniciativas: primeira infância, composição familiar e superação da extrema pobreza. Somam-se a estas propostas seis novos auxílios criados por esta gestão.
"Em busca do acesso à cidadania, com liberdade de escolha, o Auxílio Brasil vai oferecer trilhas para as pessoas se emanciparem", destacou Roma no pronunciamento. Em entrevista, ele disse que com esse sistema o benefício poderá chegar a R$ 1.000 .
A expectativa do governo é começar o pagamento do programa Auxílio Brasil em novembro . Até lá, o governo vai prorrogar o pagamento do auxílio emergencial enquanto discute o valor, possibilidade de microcrédito e mais.
A discussão engloba a inclusão de um programa de microcrédito, mas sem fornecer detalhes, ele não explicou como chegaria a esse valor.
“O que nós visamos é que justamente seja disponibilizado acesso a recursos com juros mais baixos. É uma população que em geral tem dificuldade de acesso ao setor bancário. Hoje essa população termina caindo em agiotas, que de maneira informal muitas vezes captura cartões e recebíveis muitas vezes de maneira truculenta”, declarou Roma
Segundo o ministro, o valor vai ser definido em setembro e deve incluir mais 2 milhões de beneficiários. Atualmente, o Bolsa Família atende 14,6 milhões de pessoas no valor médio de R$ 189. A expectativa é que seja aplicado um reajuste de 50%.