O Banco Central (BC) anunciou que discute desde o ano passado a criação de uma moeda digital, o e-real, ou Real Digital. Atualmente, o projeto está em fase de estudos, e os economistas da instituição defendem a necessidade de um amplo debate com a sociedade antes da implementação.
O analista do Banco Central e responsável por coordenar o estudo, Fabio Araujo, disse em entrevista ao Brasil Econômico ao Vivo desta quinta-feira (12) que criptomoeda deve ser implementada daqui a “dois ou três anos”.
Segundo ele, a ideia é que o Real Digital seja mais uma opção entre as modalidades de transação financeira já existente, como TED, DOC, Pix, entre outros. A principal vantagem desse formato seria a facilidade de adaptação dos contratos a necessidade pessoal de cada um.
“O foco da nossa iniciativa é fomentar novos modelos de negócio. Supondo que você tenha um pequeno negócio, mas não está adequado aos microcréditos ofertados atualmente. Essas tecnologias vão permitir maneiras mais eficientes de gerar contratos específicos para cada modelo de negócio”, explica.
São os chamados “Smart Contracts”, ou contratos inteligentes, que permitirão acesso simplificado aos produtos ofertados pelo sistema financeiro.
Possibilidade de descontos
Além disso, a moeda será lastreada no real, ou seja, terá o mesmo valor e seguirá as mesmas regras da moeda física. No entanto, a praticidade pode fazer com que os lojistas deem descontos para a utilização do recuso, como já acontece no Pix.
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“O desconto tem a ver com a taxa de operação. Nós do Banco Central esperamos que o CBDC (Moeda digital do Banco Central, na sigla em inglês) tenha uma taxa muito baixa, logo os comerciantes devem dar preferência a este formato”, afirma Fabio.
Mas ele ressalta que o e-real não será como o Pix, que tem foco em pequenos pagamentos.
“Com o Pix você vai ali paga uma conta, vai à padaria, supermercado, etc. O objetivo com o Real Digital é dar mais liquidez ao mercado, os bancos serão os responsáveis por estabelecer os produtos oferecidos ao cliente” finaliza.
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