Mesmo com a baixa nas linhas de ônibus
, a Prefeitura de São Paulo
não reduziu a verba repassada. Segundo reportagem do UOL, foram R$ 677 milhões
pagos às companhias, para os veículos não saírem do lugar.
Nos 13 meses da pandemia, o número de usuários reduziu 47%, enquanto a frota reduziu 20% . Mesmo assim, o que se viu foram ônibus lotados.
Esse tipo de verba foi repassada pela primeira vez na história na gestão do prefeito Bruno Covas, em março do ano passado. O secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, assinou duas portarias que viabilizaram o repasse.
O benefício, que será pago enquanto durar a pandemia, começou a ser desembolsado em março de 2020, quando a prefeitura pagou R$ 49 milhões por 14% da frota na garagem. Isso fez com que o lucro das empresas decaísse apenas 16% em plena pandemia. Funcionou como uma espécie de "auxílio-empresa".
"Os valores são referentes ao custo mínimo de manutenção e conservação da frota" e garantiram a manutenção dos empregos "de cerca de 50 mil motoristas, cobradores e fiscais durante a pandemia", disse a SPTrans em nota enviada ao UOL.
Segundo levantamento do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), divulgado em junho, 195 motoristas e cobradores morreram por covid-19 em São Paulo e 2.214 se infectaram. Desde o dia 18 de maio, o grupo entrou no grupo prioritário para vacinação.