O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
(PP-AL), defendeu a proposta de reforma tributária
do ministro da Economia, Paulo Guedes
. Mesmo assim, admitiu que pode ter havido "erro na dosagem", e que cabe ao Congresso aprimorar o texto.
“Às vezes, um projeto de lei é feito no governo a várias mãos, e nesse aspecto ele pode chegar aqui com algumas disparidades. O Congresso tem a obrigação maior, e por ser a Casa das leis e do povo, de corrigir e fazer com que se pague imposto no Brasil quem ganha mais ", disse.
Ele criticou a regressividade do sistema tributário atual, que cobra mais sobre consumo e serviços, e menos sobre lucros e dividendos.
“Agora, alguns empresários não podem aproveitar de uma disparidade de alguma alíquota que venha, de alguma dosagem de imposto, para não querer pagar dividendos”, criticou. A seguir, afirmou que o Brasil é “um dos únicos países do mundo em que 21 mil pessoas podem receber R$ 231 bilhões sem pagar um real de imposto.”
“Vamos fazer com que quem ganha mais pague mais. Alguns empresários não podem se aproveitar para não pagar dividendos”, declarou o presidente.
Lira reafirmou que, na proposta de reforma tributária que tramita na Câmara, não haverá aumento da carga tributária . Segundo ele, o debate está sendo feito de forma transparente com o setor produtivo, com o governo, com os demais entes federados e todos os que geram riqueza no País.
Para o presidente, não haverá, por parte do governo “uma sanha arrecadatória”, pois o Congresso vai corrigir as disparidades no texto. Lira ressaltou que alguns empresários tem se colocado contra a proposta em razão de não quererem pagar dividendos.
Arthur Lira informou que o relatório do texto que autoriza a iniciativa privada a operar os serviços postais (Correios) será apresentado ainda hoje aos líderes partidários . Ele disse esperar que até a primeira quinzena de agosto a proposta seja pautada no Plenário da Câmara.